Salim anda bufando. Difícil colar
código de barra em bits. Impossível embalar bytes e vender na rua da alfândega.
A poderosa indústria do disco foi pro espaço. A do livro, esperneia, bufa,
berra mas vai pelo mesmo caminho. Salim anda bufando.
Ontem no Encontro Municipal de Livro e Leitura, a representante das editoras fez seu papel. Numa sala com umas 40, 50 pessoas no Calouste Gulbekiam, ela pediu o adiamento do encontro dizendo que ali não estavam representantes de livreiros, distribuidores, etc, etc. isto é, gente que interessa, que faz movimentar a cadeia produtiva do livro. Gente que faz a economia da cultura rodar. Não importa que ali estivessem professores, animadores culturais, pessoas de teatro, contadores de história e até um poeta. Isso não conta. Não compra, não vende. Isso não é gente. O que importa são as editoras e seu séquito e o poder público para as costumeiras transfusões de dinheiro do público para o privado. Assim reza a cartilha do livre mercado: o poder público deve financiar quaquer empresa a perigo.
Ontem no Encontro Municipal de Livro e Leitura, a representante das editoras fez seu papel. Numa sala com umas 40, 50 pessoas no Calouste Gulbekiam, ela pediu o adiamento do encontro dizendo que ali não estavam representantes de livreiros, distribuidores, etc, etc. isto é, gente que interessa, que faz movimentar a cadeia produtiva do livro. Gente que faz a economia da cultura rodar. Não importa que ali estivessem professores, animadores culturais, pessoas de teatro, contadores de história e até um poeta. Isso não conta. Não compra, não vende. Isso não é gente. O que importa são as editoras e seu séquito e o poder público para as costumeiras transfusões de dinheiro do público para o privado. Assim reza a cartilha do livre mercado: o poder público deve financiar quaquer empresa a perigo.
As representantes do
secretaria de cultura e da educação mantiveram a proposta de se formar grupos
de trabalho. Sim, ali estavam as pessoas interessadas em que a leitura do mundo
chegassem aos alunos da rede pública e às pessoas em geral. Aquelas pessoas que
convivem no dia a dia das crianças, sejam embalando com suas histórias e
versos, seja cuidando da educação formal. O poder público tomou posição. O
poder público mostrou ao que veio: pensar na educação e na cultura de todos e não
mais em conchavar com o mundo do negócio. Salim anda bufando.
O grande problema é no que se tornaram esses livreiros de hoje. Também é difícil que se tornassem diferentes do que hoje são diante do mundo em que vivemos. Pena ver um ramo que surgiu movido por ideais, ter se tornado meramente comercial.
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