vivemos
da mão pra boca. sem crítica, sem juízo, sem noção. produzimos um monte de
merda e somos obrigados a consumi-la. podemos escolher entre um gol vermelho,
uma tv de tela plana, um celular americano ou chinês, um livro ou um cd, um
desktop ou um laptop, um ou outro jornal ou revista. só não podemos escolher
entre consumir ou não. produzimos então temos que consumir. e haja barulho pra
isso. pesquisas caras e sofisticadas para convencer o otário a comprar o q não
precisa. o que não quis produzir e não quer consumir. e tome empréstimo,
endividamento, dor e violência.
nada
contra o consumo. consumimos o ar, a água, o calor e o amor do outro. e também
somos consumidos. a vida é troca. compra e venda. intercâmbio. o diabo é ter
que comprar o que não queremos, nem precisamos. só para se adequar, se adaptar a um sistema que vende a moda, o
status, a competição a juros altos.
alguns
movimentos tentaram se rebelar. o hippie foi um deles. volta ao campo. plantar,
colher. fazer seu próprio pão. viver do refugo da sociedade industrial. essa,
ameaçada, voltou a valorizar seus fundamentos: competição, propriedade e
consumo. e desconstruir na mídia, seus oponentes. e tome riponga, natureba,
bicho grilo. mas a consciência ecológica veio pra ficar. a luta é boa. depende dela
mais alguns anos de vida para o planeta e um pouco de sorriso para o nosso
corpo. com a benção de jorge, que venha o dragão !