de volta ao rio, minas não
me sai da cabeça. rever RICARDO ALEIXO e MARCELO DOLABELA em cena não tem
preço. um alento da invenção. um mais dada, punk rock. o outro, um mamulengo,
cantor e dançarino. ambos trabalhando com projeções e distorções como manda o figurino
atual. as vozes, às vezes sumidas, compensadas pela lancinante psicodelia áudio
visual. ricardo dividiu palco e voz com sua filha, INÁ. e MARIANA, uma nova e
boa poeta de lá. dolabela, dr. maleta, cada vez mais hermeto pascoal.
e ainda me aparece com sua
risada magnética, LU TONELLI, poeta mineira de primeira, que lançará novo livro
no CEP logo mais. conheci o reitor. disse q voltaria um dia como professor ou
aluno. a UFMG é o melhor campus que já conheci.
além de rever amigos, fui convidado
para o primeiro sarau do CONSOANTE, coletivo de poetas, alunos, possessos,
subversivos. levei um panfleto e lancei lá: SUBVERSÃO, onde misturo reflexão e
poesia em um trocinho à toa. desesseis folhinhas xerocadas. duas A4 dobradas em
4. um trocinho à toa. SUBVERSÃO. e principalmente, falei os textos. dois
inéditos. pessoal gostou. preciso decorar e chegar à uma forma falada. essa
minha função nesse mundo. SUBVERSÃO.
no encerramento com rick e
dola na reitoria, poucos alunos. eles se sentiram excluídos de não estarem na
programação do evento: poesia marginal e movimento estudantil. com razão. eles
são os poetas militantes de agora. nossos herdeiros. mas a academia e sua mania
do diálogo com a tradição, que não se quer diálogo, apenas tradição. mesmo que
da luta política.
sempre do contra, acho que o
passado só tem interesse se dialoga com o presente para modificá-lo segundo uma
linha de pensamento e ação. senão é museu. feto no formol. o futuro, convidado,
chega sempre atrasado. quando chega, traz sempre um presente. bom ou ruim.
depende de quem ganha.