domingo, 17 de março de 2013

Maria Cabral


Maria Cabral escreveu sobre a peça. 
Fico meio sem palavras. Apenas agradeço 
e vou com mais força para a reestréia.

" Escrevi sobre sua peça. Espero que goste. Pra você:



Chacal, esse homempoeta

Começa a peça. O que dizer daquele homem de torso nu e cabeça de touro? O que pensar de quem que faz e fala e vive poesia, e que faz da poesia uma coisa viva e próxima e nossa? Melhor sentir, deixar vir.
Ele recita “uivo” do Ginsberg, revivendo a experiência que teve ao ouvir em Londres o próprio gritar seu poema sem fim. Estremeço.
Chacal, não só para os íntimos, mas para todos, conta de uma Ipanema que já não mais existe. E revive no palco fragmentos da vida que viveu. E que vida. Vitalidade pura. Uma vida que dá vontade de viver. Uma vida de excessos, de amizades, de acontecimentos, de mar, de palavras, de amores. E, lindamente, uma vida de poeta.
Um poeta que sobrevive pra continuar narrando, inventando e fazendo arte. Um poeta de grandes olhos azul piscina, azul celeste, azul profundo, azul clarinho, azul carinho. Uns olhos que te encaram durante uma peça que é desnudamento, conversa entre amigos, entrega, festa, ação, diversão, emoção, tesão, respiração e, claro, e, sempre, poesia (na veia). Aguenta coração ".






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